quinta-feira, 23 de abril de 2009

DIA MUNDIAL DO ESCUTISMO

"O objectivo é termos cidadãos úteis"
por HERMANA CRUZ


Quando se fala em escuteiros, pensa-se logo em acampamentos e muita música ao redor de uma fogueira. Mas o escutismo não é só isso. É muito mais. "O nosso objectivo é termos cidadãos úteis, responsáveis e com valores cristãos, integrados na sociedade", sublinha o chefe de agrupamento Nuno Fontes, do Agrupamento 676 Cristo Rei, que funciona em instalações cedidas pelo Seminário Redentorista de Cristo Rei, em Vila Nova de Gaia.

Criado há 27 anos, o Agrupamento 676 tem 110 elementos, com idades compreendidas entre os seis e os 77 anos. Participa "activamente na comunidade cristã" e faz muito voluntariado, desde o acompanhamento de idosos em viagens, a peditórios e recolha de cabazes para distribuir pela população mais carenciada. "Há aqui uma tentativa de deixar o mundo um pouco melhor do que aquele que encontramos", refere Isabel Silva, chefe-adjunta da II Secção.

O Agrupamento 676 até faz acampamentos. Normalmente, no final de cada projecto. No caso dos "lobitos", a secção mais jovem dos escuteiros (com crianças dos seis aos dez anos de idade), o projecto chama-se "caçada" e dura três meses. "Imaginemos que o objectivo da caçada é apresentar diversas profissões. Durante três meses, os lobitos vão conhecer o que cada profissão faz e vão fazer jogos que têm a ver com o dia-a-dia de cada profissão. No fim, é o acampamento para mostrar o que cada um aprendeu durante a caçada", explica Nuno Fontes.

As secções mais velhas acampam em Drave, na Serra da Freita (Arouca). "É um espaço de reflexão, sem luz, nem televisão, onde se constrói as coisas que vamos usar e precisamos", revela Nuno Sousa, um "caminheiro" (secção dos 17 aos 22 anos de idade), que está no Agrupamento 676 desde os seis anos de idade.

Mas o acampamento é apenas o culminar de um processo. O dia-a-dia de um escuteiro é de aprendizagem. "Às vezes, passamos a semana inteira a trocar mails para organizar o que queremos fazer", diz com entusiasmo Nuno Sousa.

"Tudo o que levam daqui tem alguma utilidade em casa", garante Isabel Silva. Foi o que aconteceu com a última tarefa dos exploradores e dos caminheiros, que foram à Lipor conhecer o processo de triagem de resíduos sólidos urbanos, no âmbito de um projecto de consciencialização ambiental. Depois, fizeram cartazes a mostrar o que aprenderam na visita.

Daí que Nuno Fontes afirme: "O escutismo é o jogo mais sério que algum de nós vai jogar na sua vida". E a procura tem vindo a aumentar, até porque, como revela o chefe de agrupamento, "o escutismo está a ser recomendado por psicólogos para as crianças aprenderem regras e valores".

in http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1209402

2 comentários:

Raúl disse...

O dia do escutismo é quase como o natal... É quando um escuteiro quiser :P

Só que mais fixe :P

Marcamos a diferença...

Persephone disse...

LOL. És o maior, Raúl!